No princípio do Outono quiz colher
Os sonhos juvenis da Primavera,
Visitei a ramada, para ver
Os frutos que ali tinha á minha espera.
Quem semeia na vida, sempre tem
Uma esperança viva no futuro,
Espera, paciente, como a mãe
Que o fruto seja bom, belo e maduro.
Depois de tanta dor, tanta sangria,
É um regalo, desfrutar contente,
Esse fruto colhido com alegria,
Saboreado em paz e calmamente.
Só quem semeia sonhos, colherá
Uma certeza pura que há-de vir
Saborosa, qual divinal maná
Que a alma deixará sempre a sorrir
Semeia, paciente, o teu quintal,
Mas confia na bênção do Senhor;
Terás chuva abundante no nabal,
Na tua eira, sol e algum calor.
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