....separação!?.........«uma viúva a menos...»
Sou aquele que anda perdido
No meio da multidão
Que não é compreendido
Envolto em solidão.
João de Jales
O HOMEM QUE QUERIA SER NINGUÉM - FAIZA HAYAT
Um dia , num pequeno hotel do Cairo, conheci um homem curioso: Lazlo fora muito rico, tinha ainda bastante dinheiro, mas orgulhava-se de não possuir qualquer bem material valioso, com excepção de um "laptop". Contou-me que herdara uma fábrica de artigos de porcelana e que a gerira durante 15 anos com bastante sucesso.
Após um divórcio tumultuoso - a mulher acusava-o de não ter tempo para se dedicar à família nem aos amigos -, decidiu vender a fábrica, casas e propriedades, carros, barcos, enfim tudo aquilo que, nas palavras dele "pudesse constituir lastro".
Hoje viaja pelo mundo inteiro, de hotel em hotel, sem outra bagagem a não ser uma pequena pasta de couro com documentos e um "laptop".
Chega a uma determinada cidade, instala-se num hotel, compra alguma roupa e produtos de higiene, dois ou três livros, e ao partir oferece a roupa, os livros, o pouco que tenha adquirido e não caiba dentro da pasta de couro.
Lembrei-me de Lazlo ao ver "O Lado Selvagem", filme realizado por Sean Penn.
O filme é baseado na história verídica de Christopher MacCandless, um jovem americano que decidiu partir para o Alasca com o objectivo de abandonar a civilizaçãao - e ali veio a morrer de fome (em pleno Verão e a poucos quilómetros de uma estrada movimentada).
Porém, ao contrário de christopher. Lazlo não demonstra afeição por Thoreau nem, aliás, por nenhuma filosofia política em particular.
Não é nem um socialista utópico, nem anarquista melancólico em semi coma alcoólico. Apenas um tipo comum, que decidiu não ter nada, com a mesma força e a mesma determinação com que outros decidem ter.
- O dinheiro é optimo desde que esteja ao nosso serviço, e não o contrário - justifica-se.
- Eu sou rico o suficiente para me dar ao luxo de viajar sem nada. Sou rico de não ter.
Perguntei-lhe se não sente, por vezes, a falta de uma casa.
- Não! - confessou, com certo espanto.
- É como se você tirasse um peixe de um pequeno aquário para o colocar no mar. Acha que ele sente a falta de um aquário?
Assegurou-me que não há nada melhor do que viver num hotel. Lembrou-me o caso de Vladimir Nabokov, que viveu desde 1959 até falecer, em 1977, no Hotel Montreux Palace na Suíça. Menos luxuosamente, mas mais preguiçosamente, o escritor egípcio Albert Cossery habita desde 1951 no mesmo quarto do hotel La Louisiane, situado em pleno coração de Saint-Germain-des-Prés, em Paris. Retorqui que viver num mesmo quarto de hotel por tanto tempo era o mesmo que fazer desse quarto um verdadeiro lar, Lazlo concordou:
- Exactamente. Além disso, um quarto de hotel é sempre o mesmo quarto, apenas muda a paisagem. O meu lar são todos os hotéis.
Lazlo é uma espécie de vagabundo elegante. Um velho senhor muito bem vestido, muito amável, sempre com um livro na mão. Costumava vê-lo a ler no bar do hotel, ou, mais raramente, a escrever no seu "laptop". Visitei com ele o museu do Cairo. Impressionou-o a quantidade de artefactos, animais domésticos, escravos e escravas que um faraó levava consigo na última viagem.
- Esta gente não sabia morrer - comentou.
- Quando eu for, quero ir ligeiro. Não precisamos de gravata para atravessar o rio. Que maravilha, não acha?! A morte é despojada.
Quanto a mim confesso que simpatizo mais com Lazlo do que com Cristopher MacCandless, que queimou o pouco dinheiro que tinha antes de iniciar a sua viagem rumo ao norte e à morte.
O melhor é não ter nada, usufruindo de tudo;
renunciar à posse, mas jamais ao conforto.
Renegar o capitalismo sem todavia comprometer o capital.
MOEDA
«Meus amigos, aprendamos....
como o dinheiro não importa o que se lhe faça, ainda o vão querer,
porque mal tratado ele não perdeu o valor ....
Muitas vezes na nossa vida somos pisados, amassados e sujos ...
sentimo-nos sem valor, sem importância,
você nunca perderá o seu valor aos olhos de Deus.»
Quem faz do ouro o seu deus,
tem um único amigo: o seu dinheiro;
um só afã: aumentá-lo;
um só gozo: contemplá-lo;
uma só certeza: morrer antes dele.
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CHIBANGA
A vida não pode andar para trás.
Ela deve seguir em frente,
sempre em frente.
Anda à TOA
TOA é a corda com que uma embarcação reboca a outra.
Um navio que está à toa é
Um navio que está à toa é
o que não tem leme nem rumo,
indo para onde o navio que reboca determinar.
++++++++++
++++
+++
+
HOMEM M+M e seus PROCEDERES
Vire a página.
Dê um ponto final nas coisas que te fazem malººº
DEPRESSÃO:
O cachorro preto
Sou aquele que anda perdido
No meio da multidão
Que não é compreendido
Envolto em solidão.
João de Jales
Um dia , num pequeno hotel do Cairo, conheci um homem curioso: Lazlo fora muito rico, tinha ainda bastante dinheiro, mas orgulhava-se de não possuir qualquer bem material valioso, com excepção de um "laptop". Contou-me que herdara uma fábrica de artigos de porcelana e que a gerira durante 15 anos com bastante sucesso.
Após um divórcio tumultuoso - a mulher acusava-o de não ter tempo para se dedicar à família nem aos amigos -, decidiu vender a fábrica, casas e propriedades, carros, barcos, enfim tudo aquilo que, nas palavras dele "pudesse constituir lastro".
Hoje viaja pelo mundo inteiro, de hotel em hotel, sem outra bagagem a não ser uma pequena pasta de couro com documentos e um "laptop".
Chega a uma determinada cidade, instala-se num hotel, compra alguma roupa e produtos de higiene, dois ou três livros, e ao partir oferece a roupa, os livros, o pouco que tenha adquirido e não caiba dentro da pasta de couro.
Lembrei-me de Lazlo ao ver "O Lado Selvagem", filme realizado por Sean Penn.
O filme é baseado na história verídica de Christopher MacCandless, um jovem americano que decidiu partir para o Alasca com o objectivo de abandonar a civilizaçãao - e ali veio a morrer de fome (em pleno Verão e a poucos quilómetros de uma estrada movimentada).
Porém, ao contrário de christopher. Lazlo não demonstra afeição por Thoreau nem, aliás, por nenhuma filosofia política em particular.
Não é nem um socialista utópico, nem anarquista melancólico em semi coma alcoólico. Apenas um tipo comum, que decidiu não ter nada, com a mesma força e a mesma determinação com que outros decidem ter.
- O dinheiro é optimo desde que esteja ao nosso serviço, e não o contrário - justifica-se.
- Eu sou rico o suficiente para me dar ao luxo de viajar sem nada. Sou rico de não ter.
Perguntei-lhe se não sente, por vezes, a falta de uma casa.
- Não! - confessou, com certo espanto.
- É como se você tirasse um peixe de um pequeno aquário para o colocar no mar. Acha que ele sente a falta de um aquário?
Assegurou-me que não há nada melhor do que viver num hotel. Lembrou-me o caso de Vladimir Nabokov, que viveu desde 1959 até falecer, em 1977, no Hotel Montreux Palace na Suíça. Menos luxuosamente, mas mais preguiçosamente, o escritor egípcio Albert Cossery habita desde 1951 no mesmo quarto do hotel La Louisiane, situado em pleno coração de Saint-Germain-des-Prés, em Paris. Retorqui que viver num mesmo quarto de hotel por tanto tempo era o mesmo que fazer desse quarto um verdadeiro lar, Lazlo concordou:
- Exactamente. Além disso, um quarto de hotel é sempre o mesmo quarto, apenas muda a paisagem. O meu lar são todos os hotéis.
Lazlo é uma espécie de vagabundo elegante. Um velho senhor muito bem vestido, muito amável, sempre com um livro na mão. Costumava vê-lo a ler no bar do hotel, ou, mais raramente, a escrever no seu "laptop". Visitei com ele o museu do Cairo. Impressionou-o a quantidade de artefactos, animais domésticos, escravos e escravas que um faraó levava consigo na última viagem.
- Esta gente não sabia morrer - comentou.
- Quando eu for, quero ir ligeiro. Não precisamos de gravata para atravessar o rio. Que maravilha, não acha?! A morte é despojada.
Quanto a mim confesso que simpatizo mais com Lazlo do que com Cristopher MacCandless, que queimou o pouco dinheiro que tinha antes de iniciar a sua viagem rumo ao norte e à morte.
O melhor é não ter nada, usufruindo de tudo;
renunciar à posse, mas jamais ao conforto.
Renegar o capitalismo sem todavia comprometer o capital.
Há jóias baratas?
MOEDA
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«Meus amigos, aprendamos....
como o dinheiro não importa o que se lhe faça, ainda o vão querer,
porque mal tratado ele não perdeu o valor ....
Muitas vezes na nossa vida somos pisados, amassados e sujos ...
sentimo-nos sem valor, sem importância,
você nunca perderá o seu valor aos olhos de Deus.»
Ser mulher é viver mil vezes em uma vida e lutar por causas perdidas e sempre sair vencedora,
é estar antes do ontem e depois do amanhã, é desconhecer a palavra recompensa apesar dos seus actos, ser mulher é acima de tudo um estado de espírito, é ter dentro de si um tesouro escondido e ainda assim dividi-lo com o mundo.
8 de Março
Evangelina Maria Borges
«Deus extrai o ideal dos prantos doces borrifados na tez das flores meigas;
lança no molde a languidez da tarde,
a calma santa das etérias veigas;
no seio das manhãs colhe perfumes,
das entranhas dos céus tira o amor!...
Insigne obra, que a Deus mesmo custa,
nasceu,
e n'alma da mulher augusta
abrigou-se a bondade do Senhor
(Tobias Barreto)
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"Memento homo quia pulvis est et in in pulveris reverteris..."
Lembra-te homem que és pó e em pó te transformarás
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"Memento homo quia pulvis est et in in pulveris reverteris..."
Lembra-te homem que és pó e em pó te transformarás
AS MELHORES COISAS SÃO DE GRAÇA
SORRISO
ABRAÇO
OLHAR
CARINHO
AMIZADE
PALAVRA
ATITUDE
VENTO NO ROSTO
CHEIRO A TERRA MOLHADA
BELEZA D'UMA FLOR
LUZ DO SOL
BRILHO DA LUA
ADMIRA
SENTE
TOCA
VIVE LINDAS SURPRESAS
E quero viver sozinho
E não chatear ninguém
Se não gostas do vizinho
Digo-lhe Adeus, passe bem!
João de Jales
E não chatear ninguém
Se não gostas do vizinho
Digo-lhe Adeus, passe bem!
João de Jales
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