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terça-feira, 17 de setembro de 2013

ROSAS
















  Bem perto das corolas de veludo
  Um batalhão de espinhos alinhados,
  Cada qual para elas um escudo,
  em defesa dos intrusos descarados.

Estes espinhos fazem-me lembrar
A dureza de toda a humana vida:
Os homens e as mulheres a lutar
Desde a alvorada até à despedida

Há espinhos na vida dos bébés,
Há espinhos na vida das crianças,
O mar humano tém cruéis marés,
 Apesar do desejo das bonanças.


Há espinhos também na juventude
Que ferem corações a palpitar...
Há espinhos ao lado da virtude,
Apesar  da  coragem  no lutar.


Há espinhos na vida de solteiros,
Há espinhos na vida dos casados,
São arrufos reais entre os primeiros,
E ciúmes nos outros, mal sanados.

      São espinhos na vida, os desenganos,
      São espinhos na vida, os sofrimentos,
      Há lama nos caminhos mais humanos
      E falta de luz nos dias mais cinzentos.

 É espinho cruel qualquer doença,
 Que afecta sempre a nossa humana vida,
 O espinho do pecado é a presença
 Da escuridão na alma denegrida.


     Nós levamos no corpo e coração
     Uma haste de espinhos aguçados...
     Durante  a vida, temos  a ilusão
     De em rosas serem todos transformados.

-   Senhor, Senhor, Tu vês nossos caminhos
    Com espinhos cruéis e sofrimento...
    Ajuda-nos  a pôr estes espinhos
    No esperado baú do esquecimento.

Gondomar, 27-11-2009