O silêncio, às vezes, faz-me bem,
Preciso de pensar, um pouco em mim;
Com silêncios, falam-nos também,
O Inverno é um repouso do jardim
Gosto de estar sozinho na montanha,
Aprecio o sossego da paisagem,
Vejo o rio feliz, que as margens banha,
Levando até á foz uma mensagem.
Que belo o crescimento das espigas
Na seara doirada e ondulante...
O trabalho constante das formigas,
No meio de um silêncio impressionante
À noite a lua meiga e luminosa
Passa feliz na abóbada azulada,
Oferece o luar, silenciosa,
Não acorda a noturna bicharada
Não faz ruído a seiva das raìzes,
Nem ao subir, no caule, lentamente...
É dela na ramagem há matizes,
Formados no silêncio permanente.
E no silêncio, formam-se as romãs,
E sem murmúrio formam-se amanãs,
Vestidas como noivas tod
E o próprio Deus, que sempre em nós habita,
Sua presença faz, discretamente,
Não diz palavra, e muito menos grita
Na alma e coração de qualquer crente.
Falta silêncio, nesta sociedade
Que vive e se desloca em burburinho...
A agitação constante na cidade,
Faz a gente perder-se no caminho.
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